Um tribunal federal de Manhattan tornou-se o epicentro de uma disputa jurídica que envolve a OpenAI, a Microsoft e importantes figuras da literatura e do jornalismo. O Painel Judicial dos EUA para Litígios Multidistritais decidiu consolidar os processos movidos por autores como John Grisham, Jonathan Franzen e George R.R. Martin, além do New York Times . Estes acusam as empresas de usar seus materiais sem autorização para treinar sistemas de inteligência artificial (IA).
Os processos, anteriormente distribuídos pela Califórnia e Nova York, agora estão centralizados no tribunal de Manhattan. Esta decisão visa simplificar o processo judicial. Segundo o painel, esta medida “servirá a conveniência das partes e promoverá uma condução justa e eficiente”.
Posicionamento das partes envolvidas
A OpenAI já se manifestou sobre o caso. Um porta-voz afirmou que os modelos de IA são treinados com dados disponíveis publicamente. Além disso, a empresa argumenta que seu uso está alinhado com a doutrina do “uso justo” da lei de direitos autorais dos EUA.
Por outro lado, Steven Lieberman, advogado do New York Times , declarou que o jornal espera provar que houve “roubo generalizado” de conteúdos. A Microsoft, investidora principal da OpenAI, ainda não comentou oficialmente a decisão.
Contexto e implicações legais
Estes casos fazem parte de uma onda de litígios contra empresas tecnológicas como Meta Platforms. Muitos detentores de direitos autorais alegam que suas obras foram usadas indevidamente para treinar sistemas de IA.
Os juízes agora enfrentam a tarefa de avaliar se essas empresas podem ser imunes às acusações com base na doutrina do “uso justo”. Este conceito permite o uso não autorizado de obras protegidas sob certas condições.
O que esperar?
O tribunal de Manhattan supervisionará os próximos passos. Os debates prometem ser intensos, com impacto significativo no futuro da IA e dos direitos autorais.
Fonte: Reuters
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