Estudo aponta oportunidades de receita com stablecoins
Um novo relatório da Payments and Commerce Market Intelligence (PCMI) , o “How Banks Can Make Money with Stablecoins”, revela que os bancos podem gerar receitas consistentes através do ecossistema de stablecoins, mesmo sem emitirem moedas digitais próprias.
Segundo o documento, publicado em Junho de 2025, mais de 6,3 biliões de dólares em pagamentos com stablecoins foram liquidados globalmente em 2024. Este volume representa 15% dos pagamentos internacionais de retalho.
A análise demonstra que os bancos têm vantagens claras: operam com confiança dos clientes, conhecem as regras do sector e já dominam a infraestrutura financeira.
Seis fluxos de receita viáveis para instituições financeiras
O relatório destaca seis formas principais de monetização com stablecoins:
- Taxas de transação e spreads cambiais: Bancos podem cobrar tarifas por transações com stablecoins e ganhar margem nas conversões cambiais.
- Custódia e contas digitais: Oferecer serviços regulados para empresas e PME que movimentam stablecoins, cobrando por funcionalidades premium.
- APIs e pagamentos embutidos: Integrar stablecoins em plataformas de pagamento e cobrar por acesso técnico e processamento.
- Emissão e juros sobre depósitos tokenizados: Lançar stablecoins próprias, gerando receita através dos juros sobre ativos de baixo risco, como obrigações do Tesouro.
- Plataformas de tesouraria e liquidez: Vender soluções empresariais para gerir pagamentos e reservas em stablecoins, com modelo SaaS e taxas variáveis.
- Serviços de compliance e regulação: Oferecer compliance-as-a-service para emissores de stablecoins, incluindo KYC, AML e suporte regulatório.
Participação pode ser gradual e estratégica
O estudo propõe quatro níveis de envolvimento bancário: custódia (Anchor), BaaS (Gateway), integração (Embedded) e emissão (Builder). Cada modelo tem impacto económico distinto e pode ser ajustado à capacidade de cada banco.
Mesmo instituições mais conservadoras já podem começar com serviços de custódia e regulação. Por outro lado, bancos mais inovadores podem explorar APIs, tokenização e parcerias com fintechs.
Hora certa para entrar no mercado
A PCMI conclui que os bancos estão bem posicionados para liderar esta nova era de finanças digitais. Com a regulação a consolidar-se, o momento é propício para capturar valor real com stablecoins.
Stablecoins não são apenas um novo produto. São uma nova camada da infraestrutura financeira.
Veja também: