As gigantes tecnológicas aumentam investimento em IA generativa
Os gigantes tecnológicos norte-americanos continuam a apostar fortemente na inteligência artificial generativa, mesmo sem retorno financeiro imediato. Meta, Microsoft e Alphabet lideram a corrida, impulsionados pela crença de que a IA está prestes a atingir um novo nível de utilidade e impacto global.
Meta planeia gastar metade da sua receita anual em IA
Segundo o Financial Times, a Meta pretende investir cerca de 100 mil milhões de dólares em novas instalações e equipamentos até 2026. Este montante representa quase 50% da receita prevista para esse ano.
Apesar da dimensão do investimento, Mark Zuckerberg reconheceu que os efeitos financeiros só deverão surgir daqui a dois anos. A aposta baseia-se na criação de uma “superinteligência pessoal” para todos os utilizadores da plataforma.
Microsoft acelera com investimento recorde na cloud
Por sua vez, a Microsoft estima gastar 30 mil milhões de dólares em despesas de capital já no trimestre atual. Este valor supera todo o investimento feito pela empresa em 2023.
O destaque dos resultados mais recentes foi o crescimento de 34% da Azure, a sua plataforma de cloud. Contudo, este aumento está mais ligado à transição digital generalizada das empresas do que ao uso direto de IA generativa.
O conceito de superinteligência ganha força
Zuckerberg fala abertamente sobre a chegada iminente da “superinteligência”, ecoando crenças populares em Silicon Valley. A ideia é que a IA está prestes a ultrapassar um limiar tecnológico que poderá transformar profundamente a sociedade.
Este discurso tem impulsionado o aumento do investimento em infraestrutura, mesmo sem modelos de rentabilização claros ou soluções comerciais maduras.
Startups desafiam o domínio das gigantes tecnológicas
Modelos de IA mais pequenos e baratos entram em cena
A concorrência está a intensificar-se com o surgimento de modelos como os da DeepSeek. Estas soluções mais pequenas, acessíveis e generalizadas representam um risco real para a hegemonia da Big Tech.
Startups ágeis podem aproveitar essas ferramentas para lançar serviços inovadores, com custos reduzidos e maior rapidez de execução.
Pressão sobre os lucros aumenta até 2026
Os analistas de Wall Street alertam para o impacto das despesas de capital nos lucros. Os investimentos em servidores e outros ativos de curta duração provocarão depreciações mais rápidas nos balanços.
Mesmo assim, empresas como a Microsoft têm conseguido manter um fluxo de caixa saudável. A empresa aumentou os gastos em 130% nos últimos dois anos, atingindo 66,5 mil milhões de dólares, sem comprometer dividendos nem recompras de ações.
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