Tether aposta em novo token para os EUA
A Tether, conhecida pelo USDT, revelou a criação da Stablecoin USAT. O novo token será emitido para residentes nos Estados Unidos e marca uma expansão da empresa neste mercado. Paolo Ardoino, CEO da Tether, confirmou que o lançamento está previsto para o final de 2025.
Bo Hines, ex-funcionário da Casa Branca, foi nomeado CEO da nova operação. A sede ficará em Charlotte, Carolina do Norte, reforçando a aposta da Tether na economia norte-americana.
USAT cumpre a lei GENIUS
A iniciativa surge após a aprovação da lei GENIUS, assinada em julho pelo presidente Donald Trump. A lei estabelece que stablecoins devem ser suportadas por ativos líquidos como dólares ou títulos do Tesouro de curto prazo. Além disso, exige divulgação mensal da composição das reservas.
Ardoino garantiu que o USDT continuará como emissor estrangeiro, mas reconheceu que a nova lei permite reciprocidade para stablecoins fora dos EUA.
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Estrutura e parcerias
A emissão da USAT será feita pelo Anchorage Digital Bank, que possui licença nacional do Gabinete do Controlador da Moeda dos EUA. A Cantor Fitzgerald será o custodiante e dealer primário da nova stablecoin.
Segundo Ardoino, a Anchorage será também acionista da iniciativa, mas outros investidores ainda não foram divulgados.
Concorrência e mercado
O anúncio acontece apenas três meses após a rival Circle ter entrado em bolsa nos EUA, captando mais de mil milhões de dólares. A Tether, por sua vez, destacou que comprou mais de 33,1 mil milhões de dólares em títulos do Tesouro em 2024, posicionando-se como sétimo maior comprador da dívida pública americana.
Bo Hines declarou que a expansão da empresa será “exorbitante” nos próximos 12 a 24 meses.
Histórico e regulação
A Tether já esteve sob escrutínio nos EUA. Em 2021, aceitou publicar relatórios trimestrais de reservas após acordo com a Procuradoria de Nova Iorque. Mais recentemente, o Wall Street Journal avançou que autoridades analisavam possíveis violações de sanções e regras de branqueamento de capitais. No entanto, Ardoino negou que existam investigações em curso.