A licença bancária da Revolut no Reino Unido continua suspensa devido a preocupações dos reguladores sobre os controlos de risco da fintech, que cresce rapidamente além-fronteiras. De acordo com o Financial Times, o Banco de Inglaterra (BoE) e a Autoridade de Regulação Prudencial (PRA) querem garantias de que a empresa consegue acompanhar o ritmo da sua expansão global.
Revolut sob escrutínio dos reguladores
Com mais de 65 milhões de clientes em 40 países, a Revolut aguarda há mais de um ano a autorização final para operar como banco de pleno direito no Reino Unido. A PRA exige que a fintech reforce a sua infraestrutura de gestão de risco, incluindo medidas de compliance, sistemas de TI e capitalização.
A empresa, que já possui licença bancária parcial desde julho de 2024, encontra-se ainda na chamada “fase de mobilização”. Durante esta fase, está limitada a depósitos máximos de 50 mil libras. Só após obter a licença completa poderá entrar no competitivo mercado britânico de crédito.
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Licença no Reino Unido pode influenciar outros mercados
Fontes citadas pelo FT afirmam que o BoE está consciente de que a aprovação definitiva da Revolut poderá inspirar reguladores de outros países a seguir o exemplo. A decisão tem, por isso, impacto potencial no reconhecimento internacional da empresa.
Enquanto aguarda aprovação no seu mercado doméstico, a Revolut já obteve licenças bancárias na Lituânia e no México. Na Colômbia, recebeu autorização inicial para abrir um banco, embora precise de mais aprovações para começar a conceder crédito. A fintech também estuda aquisições nos Estados Unidos para aceder a uma licença bancária nacional.
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Revolut garante colaboração com autoridades
Em comunicado citado pelo Financial Times, a empresa afirmou estar “a progredir nas etapas finais da mobilização” e a trabalhar “de forma construtiva com a PRA”.
A Revolut considera que, dada a sua dimensão, este é “o maior e mais complexo processo de mobilização alguma vez realizado no Reino Unido”.
A fintech espera concluir o processo e obter a licença completa até ao final de 2025, marcando um passo decisivo na sua consolidação global.