FCA sanciona Barclays por falhas repetidas
A Autoridade de Conduta Financeira do Reino Unido (FCA) aplicou uma multa de £42 milhões ao Barclays Bank UK PLC e ao Barclays Bank PLC. De acordo com o Comunicado de Imprensa da FCA, as penalizações referem-se a duas falhas distintas na gestão de riscos ligados ao crime financeiro.
No primeiro caso, o Barclays Bank UK PLC não avaliou corretamente o risco de branqueamento de capitais antes de abrir uma conta para a WealthTek. O banco não confirmou se a WealthTek estava autorizada pela FCA a deter fundos de clientes. Essa omissão expôs os clientes a riscos de má gestão de fundos e branqueamento.
Pagamentos voluntários após negligência
Sem compreender o uso real da conta, o Barclays permitiu que a WealthTek recebesse £34 milhões em depósitos. Após investigações, o banco aceitou pagar voluntariamente £6,3 milhões a clientes da WealthTek que não conseguiram recuperar os seus fundos.
Em dezembro de 2024, o parceiro principal da WealthTek foi acusado de branqueamento de capitais e fraude.
Stunt & Co: mais uma falha grave
No segundo caso, o Barclays Bank PLC foi multado em £39,3 milhões por não gerir adequadamente os riscos ao fornecer serviços à empresa Stunt & Co.
Durante cerca de um ano, a empresa recebeu £46,8 milhões da Fowler Oldfield, uma operação milionária de branqueamento. Mesmo após alertas das autoridades e buscas policiais, o Barclays manteve os serviços à empresa.
O banco só reavaliou os seus riscos após saber que o NatWest seria processado pela FCA pela sua relação com a mesma rede.
FCA exige mais responsabilidade dos bancos
A diretora da FCA, Therese Chambers, alertou para os riscos reais da má gestão dos controlos contra o crime financeiro. Sublinhou que os bancos devem agir rapidamente, sobretudo perante sinais evidentes.
Apesar das falhas, o Barclays cooperou com as investigações e continua a investir num programa de remediação para melhorar os seus sistemas de prevenção de branqueamento.
O crime financeiro é uma prioridade na estratégia de supervisão da FCA em 2024. A entidade continua a pressionar os bancos a reforçar os seus mecanismos de controlo.
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