O Novo Banco anunciou a demissão de Carlos Brandão, administrador da instituição, juntamente com a apresentação de uma queixa formal ao Ministério Público (MP). A medida foi tomada devido a alegadas operações financeiras suspeitas relacionadas à esfera pessoal de Brandão, que geraram preocupações éticas e legais dentro da entidade.
Carlos Brandão, que ingressou no Novo Banco em julho de 2017 como Diretor Coordenador do Departamento de Risco e foi nomeado membro executivo do Conselho de Administração em agosto de 2022, e ocupava o cargo de Chief Risk Officer (CRO). O gestor é licenciado em Economia, possui Mestrado em Gestão Comercial e Marketing, além de um Programa Avançado de Gestão.
Desde a sua criação em 2014, o Novo Banco tem enfrentado desafios decorrentes da herança do Banco Espírito Santo (BES), incluindo créditos problemáticos e questões relacionadas ao uso do Fundo de Resolução. A gestão dos ativos herdados e as estratégias financeiras têm gerado críticas e investigações. A saída de Carlos Brandão ocorre em um momento delicado, quando o banco busca consolidar sua posição no mercado financeiro português.
A decisão do Novo Banco de demitir Carlos Brandão e apresentar a queixa ao MP visa adotar uma postura mais rigorosa diante de possíveis irregularidades. No entanto, este episódio destaca os desafios contínuos enfrentados pela instituição na recuperação de sua credibilidade e estabilidade.