Duopólio garante receitas bilionárias no mercado digital
De acordo com o relatório “How Banks Can Make Money with Stablecoins”, publicado pela Payments and Commerce Market Intelligence (PCMI) em Junho de 2025, Circle e Tether controlam 89% de todo o mercado de stablecoins.
Este domínio permite que ambas liderem também em geração de receita, através de modelos diversificados de negócio, com foco em juros sobre reservas, taxas de transação e participação em protocolos DeFi.
Tether lidera com lucros recorde de $13 mil milhões
A Tether, emissora do USDT, é hoje a maior empresa do sector. Em 2024, registou mais de 13 mil milhões de dólares em lucros líquidos, graças à gestão das suas reservas aplicadas em ativos como obrigações do Tesouro dos EUA.
Com mais de $120 mil milhões em ativos sob gestão, o lucro operacional da empresa ultrapassou $1 mil milhão apenas no primeiro trimestre de 2025. A capitalização de mercado do USDT superou os $114 mil milhões, enquanto o capital próprio do grupo Tether já ultrapassa $20 mil milhões.
Circle cresce com modelo regulado e foco institucional
A Circle, emissora do USDC, também reforçou a sua presença global. Em 2024, atingiu $1,67 mil milhões em receitas, apoiada por um modelo mais orientado à regulação e parcerias com instituições financeiras tradicionais.
O USDC, considerado uma das stablecoins mais transparentes do mercado, tem uma capitalização superior a $32 mil milhões. A Circle aposta em infraestruturas corporativas, compliance e produtos empresariais, como o Circle Payments Network, em colaboração com bancos globais.
Fontes de receita vão além da emissão de tokens
Ambas as empresas monetizam de forma ampla o ecossistema cripto. Além dos juros sobre reservas, também lucram com:
- Taxas de transação — que renderam $87 milhões à Tether e $31 milhões à Circle numa única semana de 2025.
- Lending e staking DeFi — plataformas como Aave, Curve e Lido geram retornos semanais na casa das dezenas de milhões.
Estas estratégias combinadas tornam Circle e Tether players financeiros globais, com operações que rivalizam bancos tradicionais.
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