Fintechs lideram unicórnios africanos
O ecossistema tecnológico africano continua a destacar-se globalmente, com as fintechs a dominarem a lista das startups mais valiosas. Segundo dados de 2024, sete das 10 empresas avaliadas em mil milhões de dólares (unicórnios) operam no setor financeiro digital. A Flutterwave, fundada em 2018, lidera com uma avaliação de 3 mil milhões de dólares, seguida pela OPay (2 mil milhões) e pela TymeBank (1,5 mil milhões).
Estas empresas atraíram investimentos significativos de gigantes como Google, Uber e SoftBank. Por exemplo, a TymeBank angariou 250 milhões de dólares numa ronda liderada pelo Nubank, consolidando-se como banco digital de referência na África do Sul. Além disso, a Moniepoint, avaliada em mil milhões, recebeu 110 milhões de dólares numa Série C, com participação do Google e da Lightrock.
Cenário pós-pandemia: fusões e cautela
Após um declínio nos mega-negócios em 2023, as startups africanas adaptaram-se com estratégias como fusões e pivôs operacionais. A Wasoko (Quénia) e a MaxAB (Egito), por exemplo, fundiram operações para otimizar recursos. Contudo, o financiamento total em 2024 manteve-se próximo dos 2 mil milhões de dólares, refletindo a cautela dos investidores.
Enquanto algumas empresas, como a Gro Intelligence e a Copia, encerraram após angariarem mais de 100 milhões, outras destacaram-se. A Moove, fintech de mobilidade, garantiu 100 milhões de dólares da Uber, e a Yassir, super app argelina, atraiu 200 milhões.
Próximos candidatos a unicórnio
Além dos atuais unicórnios, startups como a PalmPay (800-900 milhões) e a Moove (750 milhões) posicionam-se como “soonicórnios”. A PalmPay, focada em pagamentos móveis, angariou 140 milhões desde 2019, enquanto a Moove expandiu operações para Europa e Ásia.
A Kuda, banco digital nigeriano, também avança com uma avaliação de 500 milhões, após uma Série B de 55 milhões. Paralelamente, fusões como a da Wasoko/MaxAB (500 milhões combinados) e o crescimento da M-KOPA (500-600 milhões) reforçam a diversificação do ecossistema.
Fonte: TechCrunch
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