Empresas fintech cotadas em Hong Kong angariaram mais de 1,5 mil milhões de dólares em julho para expandir projetos em stablecoins, ativos digitais e pagamentos blockchain, segundo a Reuters. A corrida ao capital ganhou força após a entrada em vigor, esta sexta-feira, da nova lei de licenciamento de emissores de stablecoins.
Entre as empresas que lideraram estas captações estão a plataforma de ativos digitais OSL Group, a Dmall Inc, especializada em soluções cloud para o retalho, e a gigante da inteligência artificial SenseTime Group.
Investidores apostam em tokens digitais
As ofertas de ações foram rapidamente absorvidas por investidores otimistas com o setor. Stablecoins, que são criptomoedas indexadas a ativos como o dólar, atraem cada vez mais interesse institucional.
De acordo com Anthony Pang, da Baker McKenzie, o aumento na atividade de financiamento ligado a stablecoins “é real e está a acelerar”. A firma de advogados assessorou a Dmall na captação de HK$388 milhões (49 milhões USD).
Destaques do mercado
A OSL captou 300 milhões de dólares em apenas três dias, com ajuda do Macquarie. A operação atraiu fundos soberanos e hedge funds. Segundo o CFO Ivan Wong, o entusiasmo dos investidores “era palpável”.
O índice que acompanha ações ligadas a stablecoins subiu 65% este ano, superando o Hang Seng Index, que valorizou cerca de 23%.
Finanças tradicionais entram no jogo
O frenesim cripto também invadiu o capital de risco. A Kun, plataforma de pagamentos digitais apoiada por investidores de risco, arrecadou mais de 50 milhões de dólares em Hong Kong.
A SenseTime levantou HK$2,5 mil milhões, parte dos quais será aplicada em stablecoins, RWA (Real World Assets) e blockchain.
Outras empresas como ZA Online, Crypto Flow Technology e Easou Tech também aderiram ao movimento.
Segundo Kishore Bhindi, da Linklaters, há grande interesse por parte de custodiantes e gestores de ativos tradicionais em explorar este ecossistema.
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