A Gemini estreou-se no Nasdaq com uma valorização de 4,4 mil milhões de dólares. A bolsa de criptomoedas dos gémeos Cameron e Tyler Winklevoss junta-se assim à Coinbase e à Bullish como bolsa cripto cotada nos Estados Unidos.
As ações da empresa subiram 32,2% no primeiro dia de negociação. O preço de abertura foi de 37,01 dólares, acima do valor de 28 dólares definido na oferta pública inicial (IPO). Com esta operação, a Gemini arrecadou 425 milhões de dólares, através da venda de cerca de 15,2 milhões de ações.
Mercado de IPOs em recuperação
A estreia da Gemini surge numa semana marcada pelo regresso em força dos IPOs nos EUA. A recente valorização do mercado acionista e o alívio nas tensões comerciais criaram um ambiente favorável.
Na mesma semana, a fintech sueca Klarna abriu capital em Nova Iorque. Já a Bullish tinha duplicado o valor das suas ações no mês anterior. Além disso, a Figure, credora em blockchain, também registou uma estreia de sucesso.
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Estratégia e desafios da Gemini
Segundo analistas da Third Bridge, a Gemini aproveitou o momento certo para se financiar e reforçar a sua posição. O IPO, vinte vezes sobrescrito, foi visto como sinal da forte procura dos investidores.
Apesar da valorização, a empresa reportou um prejuízo líquido de 282,5 milhões de dólares no primeiro semestre de 2025. Mesmo assim, especialistas esperam um crescimento no volume de transações, impulsionado pela adoção institucional.
O diretor financeiro da Gemini, Dan Chen, afirmou à Reuters que a prioridade é aumentar a transparência e reforçar a confiança do mercado.
Crescente interesse institucional
O Nasdaq anunciou, dias antes da estreia, um investimento estratégico de 50 milhões de dólares na Gemini. Esta aposta contribuiu para reforçar a confiança dos investidores na empresa.
A Gemini, sediada em Nova Iorque, entra agora no mesmo grupo da Coinbase e da Bullish, consolidando o papel das bolsas cripto cotadas nos Estados Unidos.