A Microsoft anunciou um marco na computação quântica com o lançamento do Majorana 1, o primeiro processador quântico baseado em qubits topológicos. A inovação usa um novo tipo de material, o topocondutor, para criar uma forma única de supercondutividade. Este avanço foi detalhado em um estudo publicado na Nature e apresentado na reunião da Station Q.
Um novo paradigma na computação quântica
O Majorana 1 é projetado para alcançar um milhão de qubits num único chip. Para isso, a Microsoft desenvolveu qubits protegidos por hardware, que são menores, mais rápidos e controlados digitalmente. Esse método promete uma maior confiabilidade para cálculos quânticos.
A empresa também revelou a sua estratégia para um Computador Quântico Tolerante a Falhas (FTP), utilizando qubits topológicos. Como parte do programa US2QC da DARPA, a Microsoft planeia entregar um protótipo funcional em alguns anos.
A revolução dos qubits topológicos
O coração desta inovação está no controle dos Modos Majorana Zero (MZMs), partículas que existem apenas em teoria até recentemente. Esses MZMs armazenam informação quântica e são resistentes a interferências externas. A Microsoft desenvolveu uma técnica para medi-los com precisão, utilizando pontos quânticos e micro-ondas.
As medições iniciais tiveram um erro de apenas 1%, com planos de redução adicional. Além disso, o sistema demonstrou estabilidade impressionante, com interferências externas ocorrendo apenas uma vez por milissegundo.
Rumo à computação quântica prática
Com base nestes avanços, a Microsoft seguirá um roteiro para a correção de erros quânticos. O próximo passo envolve um array de 4×2 qubits. Essa arquitetura promete reduzir os custos operacionais em até 90% comparado aos modelos anteriores.
A colaboração com a DARPA reforça a credibilidade da Microsoft no setor. A empresa já colocou oito qubits topológicos num chip que poderá abrigar um milhão de qubits, aproximando-se da computação quântica em escala útil.
Impacto e perspectivas futuras
A computação quântica em larga escala pode transformar setores como química, materiais e inteligência artificial. Simulações antes impossíveis poderão tornar-se realidade, levando a descobertas revolucionárias. A Microsoft acredita que a sua arquitetura é escalável e viável, prometendo mais atualizações em breve.
Fonte: Microsoft
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