Grandes bancos dos EUA entram no mercado cripto
O PNC Bank, uma das maiores instituições financeiras regionais dos Estados Unidos, estabeleceu uma parceria com a Coinbase para permitir que os seus clientes negociem criptomoedas. O banco, sediado em Pittsburgh, possui cerca de 400 mil milhões de dólares em depósitos e procura agora competir com gigantes como o JPMorgan Chase.
O anúncio marca uma mudança significativa na postura dos bancos norte-americanos em relação aos activos digitais. Durante anos, o sector bancário adoptou uma abordagem cautelosa face às criptomoedas. No entanto, essa realidade está a mudar rapidamente.
Apoio político fortalece sector cripto
A recente abertura dos bancos aos criptoativos deve-se, em parte, ao apoio declarado do ex-Presidente Donald Trump. Trump nomeou reguladores favoráveis ao sector, apoiou publicamente várias empresas de criptoativos e impulsionou legislação que beneficia o ecossistema.
Na semana passada, o Congresso dos EUA aprovou uma legislação que facilita a integração de stablecoins por parte de instituições financeiras. O mercado reagiu positivamente, e o bitcoin atingiu um novo recorde de 123.000 dólares.
Concorrência entre grandes instituições
Além do PNC, outros bancos estão a seguir o mesmo caminho. O JPMorgan está a estudar a concessão de empréstimos com garantia em criptomoedas, enquanto o Standard Chartered começou a oferecer negociação de bitcoin e ether a clientes institucionais.
A Coinbase, principal bolsa de criptomoedas dos EUA, desempenha um papel estratégico. Para além da negociação, oferece ferramentas de custódia e serviços bancários a parceiros como o PNC, através da sua plataforma crypto-as-a-service.
Durante a presidência de Joe Biden, o sector cripto enfrentou resistência bancária. Em 2023, os principais bancos a operar com cripto — Silvergate e Signature Bank — foram encerrados, sem substituição imediata. A actual viragem demonstra uma mudança estrutural no posicionamento dos bancos em relação às moedas digitais.
Fonte: Financial Times
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