Os pagamentos empresariais são, atualmente, o principal motor da adoção global de stablecoins. Segundo o relatório Stablecoin Payments from the Ground Up, as transações B2B representam mais de 36 mil milhões de dólares por ano, um valor superior ao das transações P2P, cartões e pagamentos a consumidores.
USDT domina os fluxos entre empresas
Entre os tokens mais utilizados, o Tether (USDT) lidera com cerca de 70% do volume em pagamentos B2B. O USD Coin (USDC) também marca presença, representando aproximadamente 30% das transações mensais.
Este padrão repete-se em quase todas as regiões analisadas. Em África, Ásia, Europa e América Latina, o USDT surge como escolha dominante para pagamentos interempresariais. A exceção fica por conta da Índia, onde o USDC tem quota significativa.
Tron e Ethereum são as redes preferidas
Do lado das blockchains, Tron e Ethereum dividem a liderança nos pagamentos B2B. Ambas apresentaram valores médios por transação superiores a 219 mil dólares, revelando-se as mais eficazes para transferências de alto valor entre empresas.
Redes como Binance Smart Chain (BSC) e Polygon também são utilizadas, mas com volumes e valores médios inferiores, sugerindo foco em operações de menor escala.
Adesão crescente no setor empresarial
O estudo aponta uma evolução estável e significativa desde o início de 2023. O volume mensal B2B com stablecoins passou de menos de 100 milhões para mais de 3 mil milhões USD em 2025. Isso demonstra que cada vez mais empresas usam stablecoins para pagamentos de fornecedores, gestão de tesouraria e transferências internacionais.
A empresa Reap, com sede em Hong Kong, destaca-se no ecossistema asiático como emissora de cartões e soluções de conta empresarial baseadas em stablecoins. Já plataformas como a BVNK e Bitwave facilitam pagamentos a fornecedores e colaboradores, integrando stablecoins com infraestruturas bancárias tradicionais.
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