O uso de dinheiro vivo em Portugal está em queda, seguindo uma tendência global de digitalização dos pagamentos. Segundo o Global Payments Report 2024, o dinheiro representou apenas 16% do valor transacionado globalmente em 2023. No entanto, a previsão é que essa percentagem caia para 11% até 2027.
Em Portugal, o fenómeno é ainda mais evidente. O avanço dos pagamentos digitais, impulsionado por carteiras eletrónicas e pagamentos contactless, está a mudar a forma como os portugueses realizam compras e transações diárias.
Crescimento das carteiras digitais e dos pagamentos contactless
Os portugueses têm adotado rapidamente carteiras digitais como MB Way, Apple Pay e Google Pay. Estes métodos oferecem mais segurança, rapidez e comodidade. Segundo o relatório, a presença das carteiras digitais nos pagamentos em lojas e e-commerce continua a crescer e deve representar 49% do valor transacionado até 2027.
O uso de pagamentos contactless também tem vindo a aumentar. O Banco de Portugal reportou que mais de 70% das transações em lojas físicas já são feitas sem contacto. Esta mudança reflete uma preferência crescente por métodos de pagamento rápidos e sem necessidade de manusear dinheiro físico.
Impacto da digitalização nos consumidores e empresas
A redução do uso de dinheiro em espécie traz vários benefícios. Para os consumidores, significa mais segurança e praticidade nas transações. Para os comerciantes, a digitalização reduz custos operacionais e minimiza riscos de roubo ou falsificação de notas.
No entanto, este avanço também apresenta desafios. A inclusão financeira de idosos e populações sem acesso a serviços bancários continua a ser uma preocupação. Programas de educação financeira e acessibilidade são essenciais para garantir que todos possam beneficiar da evolução digital.
O futuro dos pagamentos em Portugal
Portugal está a transformar-se num país cada vez mais digital nos pagamentos. O dinheiro em espécie perderá ainda mais relevância nos próximos anos. Com inovações tecnológicas e uma maior adesão às carteiras digitais, espera-se que o país continue a liderar a modernização do setor financeiro na Europa.
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