O Reino Unido recusou criar uma reserva nacional de Bitcoin, afastando-se da estratégia dos Estados Unidos. A decisão foi anunciada por Emma Reynolds, Secretária do Tesouro, durante a Cimeira de Ativos Digitais do Financial Times, em Londres.

Segundo Reynolds, a ideia de manter reservas estatais em BTC “não é adequada” ao mercado britânico. “Compreendemos que é essa a direção que os EUA estão a seguir, mas esse não é o nosso plano,” afirmou. A principal razão apontada pelo governo britânico é a elevada volatilidade do Bitcoin ao longo do tempo, o que o torna impróprio para a estabilidade exigida numa reserva nacional.
Ainda assim, o Reino Unido mantém uma postura positiva em relação às tecnologias associadas às criptomoedas. Reynolds destacou que o país está entusiasmado com a tecnologia de registo distribuído e a tokenização de ativos. De acordo com a responsável, já está em andamento um processo para emitir dívida soberana usando essas tecnologias.
Outros países também rejeitam
Com esta decisão, o Reino Unido junta-se a países como Japão, Coreia do Sul e Suíça, que também rejeitaram propostas semelhantes. A Rússia, por sua vez, inicialmente recusou criar uma reserva soberana com fundos públicos. Contudo, após os EUA alterarem a abordagem para uma reserva com BTC confiscado, Moscovo propôs algo semelhante.
Cooperação regulatória continua
Apesar de não acompanhar os EUA na reserva de Bitcoin, o Reino Unido pretende continuar a colaborar na regulação dos ativos digitais. Reynolds reconheceu que o mercado americano tem passado por mudanças regulatórias, especialmente sob a administração de Donald Trump.
O foco britânico está agora na adoção segura de tecnologias financeiras emergentes. O objetivo é reforçar o ecossistema financeiro com soluções inovadoras, mantendo a segurança e confiança do sistema.
Fonte: CCN
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