A Revolut prepara-se para lançar um novo assistente financeiro baseado em inteligência artificial. A informação foi confirmada por Francesca Carlesi, CEO da Revolut no Reino Unido, durante o evento Bloomberg New Voices em Milão.
Segundo Carlesi, a fintech ainda está a testar a tecnologia, mas pretende lançá-la “em breve”. A adoção de ferramentas de IA é uma das grandes apostas da Revolut para o ano de 2025, com o objetivo de melhorar o apoio financeiro oferecido aos seus utilizadores.
Fintechs e bancos tradicionais em rota de convergência
Durante a entrevista, a executiva destacou que a concorrência intensa no setor está a acelerar a transformação digital.
Fintech já não é só sobre pequenas startups. Hoje temos grandes fintechs e scale-ups a operar ao nível dos bancos tradicionais
Francesca Carlesi, CEO da Revolut no Reino Unido
A Revolut é um exemplo claro disso. Em 2024, a empresa ultrapassou o HSBC em número de clientes, atingindo 52,5 milhões de utilizadores. Este crescimento ajudou a fintech britânica a aumentar as receitas em 72%, para 3,1 mil milhões de libras (cerca de 4 mil milhões de dólares), mantendo lucros positivos.
Expansão e ambições bancárias
A empresa planeia tornar-se um banco pleno no Reino Unido e pretende ter 200 colaboradores dedicados à banca até ao final de 2025. Ao mesmo tempo, está a expandir-se noutros mercados europeus.
Em maio, a Revolut anunciou um investimento de mil milhões de euros em França. A fintech está a solicitar uma licença bancária local, estabelecendo a sede da sua operação na Europa Ocidental em Paris. Pretende contratar mais de 200 trabalhadores em três anos.
Globalmente, a empresa mantém a sua sede em Londres e tem atualmente 10 candidaturas para novas licenças bancárias ativas.
Regulação financeira pós-Brexit preocupa a Revolut
Carlesi alertou para a crescente divergência regulatória entre o Reino Unido e a União Europeia, após o Brexit. Sublinhou que esta situação dificulta a replicação de estratégias entre mercados, especialmente no que toca a stablecoins, criptoativos e regulamentação antifraude.

Fonte: Bloomberg
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