A Western Union anunciou que vai construir o seu novo sistema de liquidação de pagamentos com stablecoins na blockchain Solana. A iniciativa marca a entrada oficial da empresa de remessas no setor dos criptoativos, com o lançamento do US Dollar Payment Token (USDPT) e da Digital Asset Network, segundo o Cointelegraph.
Durante a apresentação dos resultados do terceiro trimestre, a empresa revelou que o USDPT será lançado no primeiro semestre de 2026. O novo ativo digital será disponibilizado através de exchanges parceiras, seguindo um modelo semelhante ao PayPal USD (PYUSD), atualmente listado em plataformas como a Binance.
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Rede digital para mais de 150 milhões de clientes
A Digital Asset Network da Western Union funcionará como uma rampa de conversão entre dinheiro e ativos digitais, permitindo transferências mais rápidas e económicas. A infraestrutura servirá os mais de 150 milhões de clientes da empresa em mais de 200 países e territórios.
Durante o evento Money 20/20 USA, em Las Vegas, o CEO da Western Union, Devin McGranahan, afirmou que a Solana foi “a escolha certa” para criar uma plataforma de stablecoins voltada a instituições financeiras. Segundo ele, a decisão foi tomada após uma análise de várias alternativas tecnológicas.
Concorrência reforça corrida das stablecoins
Outras empresas de pagamentos também estão a explorar a tecnologia blockchain. O Zelle prepara-se para lançar uma stablecoin para pagamentos internacionais, enquanto a MoneyGram anunciou a integração do USDC no seu aplicativo na Colômbia, facilitando o acesso a remessas digitais.
A aposta da Western Union surge num momento em que o mercado de stablecoins ganha novo impulso nos Estados Unidos, após a aprovação da Lei GENIUS, assinada pelo presidente Donald Trump em julho. De acordo com o Departamento do Tesouro dos EUA, o setor pode atingir 2 biliões de dólares até 2028.
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Rumo a uma nova era de liquidações globais
Com esta iniciativa, a Western Union posiciona-se entre as pioneiras do setor tradicional de pagamentos a adotar tecnologia blockchain para uso institucional. O movimento reforça a tendência de convergência entre finanças tradicionais e criptoativos, acelerando a transformação digital nas remessas internacionais.

