A OpenAI atingiu um marco histórico esta semana: o ChatGPT ultrapassou 150 milhões de utilizadores ativos semanais, impulsionado pela febre global de criação de arte em estilo Studio Ghibli através da sua ferramenta de geração de imagens. Segundo dados da Similarweb, este é o primeiro recorde do ano para o chatbot, que viu o tráfego disparar após a atualização do modelo GPT-4o.
Viralização de imagens sobrecarrega servidores
A funcionalidade, lançada na semana passada, permitiu aos utilizadores gerar ilustrações inspiradas nos filmes de Hayao Miyazaki, como A Viagem de Chihiro e O Meu Vizinho Totoro. Rapidamente, redes sociais como o X e o Instagram inundaram-se de obras digitais, replicando o traço manual característico do estúdio japonês.
No entanto, o sucesso trouxe desafios. A SensorTower revelou que os downloads globais da app subiram 11%, enquanto as compras dentro da plataforma aumentaram 6%. Sam Altman, CEO da OpenAI, destacou no X: “Adicionámos um milhão de utilizadores numa só hora”, comparando com o crescimento inicial do ChatGPT em 2022.
Problemas técnicos e incerteza legal
Apesar do sucesso, a OpenAI enfrentou interrupções técnicas devido ao pico de tráfego. “Novos lançamentos podem ser adiados enquanto resolvemos problemas de capacidade”, admitiu um cofundador da empresa. Paralelamente, especialistas jurídicos questionam a legalidade das imagens geradas. Evan Brown, advogado da Neal & McDevitt, explicou: “A lei protege expressões específicas, não estilos artísticos”.
Miyazaki e a rejeição da IA
As críticas do cofundador do Studio Ghibli, Hayao Miyazaki, à IA ganharam novo destaque. Em 2016, após ver uma imagem gerada por algoritmos, declarou: “Estou revoltado. Nunca usaria esta tecnologia”. A OpenAI não comentou as acusações de violação de direitos de autor ou os dados usados para treinar os seus modelos.
Impacto no mercado de IA
Este fenómeno reforça o potencial comercial das ferramentas de geração de imagens. Contudo, levanta debates urgentes sobre ética e regulamentação. Enquanto a OpenAI capitaliza o crescimento, o setor enfrenta pressão para equilibrar inovação e direitos criativos.
Fonte: Reuters
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